sábado, 5 de setembro de 2009

Daimonji


Subi a montanha dos meus sonhos.
Enquanto a chuva caia.
Todos os caminhos se apagaram.
Meus pinceis se embeberam,
Mas não era tinta.
E agora?
Como desenharei os mapas?
Não consigo lembrar quais caminhos me levarão ao tesouro.
Nem das mágicas recomendações das estrelas.
Onde encontrarei o Norte?
Eu não sei o caminho dos vales.
Caminhei sobre as águas.
E como cheguei aqui é mistério.
As fadas me enfeitiçaram.
Sim, elas paralisaram minha retina.

Mas não estou atônita.
Só senti o frio...
O doce frio que empalideceu as rosas.
Não esperei mais que aventuras.
E risos iluminados em manhãs de outono.
Falas latentes completas da multidão de mim mesma.

Às vezes parece que é preciso tormentas para crescer...
Para saber o tamanho das forças que nossos pés possuem.
É preciso...
Conhecer o outro lado da luz e não se encher de trevas.

Subi a montanha,
Mas não preciso descê-la agora.
As fadas, as mágicas e as estrelas,
Ensinaram-me uma verdade gloriosa:
Não se espera por esperanças.
Não se vive de lembranças.
Não há sentimento morno.
E os mapas... ahhh, os mapas!!!!
Já foram desenhados em nossa alma.
Que sempre haja esperanças sem espera.
Que as lembranças sejam uma parte do nosso tesouro.
E os sentimentos aqueçam sempre o coração, mesmo que seja primavera...